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O campeão no Modo Ataque


Dois meses e meio depois de conquistar o título da primeira temporada do Jaguar I-Pace eTrophy, Sérgio Jimenez iniciou os trabalhos de pista para buscar o bicampeonato do primeiro campeonato mundial de carros elétricos de turismo. Ao lado de Cacá Bueno, pentacampeão da Stock Car e companheiro de equipe na Jaguar Brazil, o piloto nascido em Piedade — interior de São Paulo — foi um dos participantes de uma bateria de dois dias de testes de pré-temporada na Inglaterra.

Em Bedford, circuito distante cerca de 150 km de Londres, os pilotos do eTrophy tiveram a primeira chance de acelerar a nova versão do carro, que compreende sensíveis atualizações para torná-lo mais rápido e ágil em vários aspectos da corrida. Mas a principal mudança para a temporada 2019/20 do Jaguar I-Pace eTrophy é um recurso adotado desde o ano passado na Fórmula E: o modo ataque.

Já no Brasil, mas na expectativa pelo embarque para a Arábia Saudita para iniciar pra valer a defesa do título em 22 de novembro, Jimenez falou com exclusividade à Newsletter GP, revelou as suas impressões do novo e traz as suas perspectivas da nova temporada da categoria, sobretudo com uma mudança significativa das corridas em si por conta da adoção do Modo Ataque.

“Tivemos o treino lá em Bedford, na Inglaterra. Uma pista em que nunca tinha andado. E fiquei bem surpreso, positivamente. Uma pista bem longe de Londres, cerca de 1h40min, 1h50min, mas bem arrumadinha, bonitinha. Uma pista antiga, mas muito bem cuidada pelo grupo do [Jonathan] Palmer, muito legal para teste”, explicou.

“É uma pista com o tamanho mais ou menos como o Velopark, o que para nosso carro já é um muito grande, mas foi muito positivo. A gente teve algumas chicanes com pneus, o que deu para simular um pouco a rua. As impressões foram as melhores possíveis: o carro deu uma boa evoluída, está mais arisco agora”, descreveu.

O primeiro campeão mundial do eTrophy reportou uma evolução bastante significativa no ritmo do carro em si. “Tivemos uma modificação de molas no carro, o que o deixou mais reativo, bem melhor para pilotar. Antes, tinha muita saída de frente. Tivemos uma mudança lá na suspensão também, o que nos permite mexer um pouco mais em cambagem, em alinhamento e em altura, já que antes ele era muito travado nisso justamente por realmente ser a base de um carro de rua da Jaguar. Então, isso evoluiu bastante”.

“Tivemos uma mudança de pastilhas de freios, com as quais saíram um pouco aquele zunido da freada, mas principalmente a gente consegue administrar os freios muito mais agora, nas freadas entra muito menos o ABS, então acho que isso foi positivo. As freadas acabam se alongando um pouco, então acho que isso vai ser positivo para a parte das ultrapassagens”, complementou.

Depois de uma temporada considerada experimental, até porque tudo era novo em termos de carro, formato de competição e as corridas em si, o Jaguar eTrophy vão evoluindo a categoria nos mais variados aspectos. Em meio ao natural processo de evolução, o modo ataque surge para ampliar a gama de estratégias ao longo das provas.

“São mudanças muito boas que vão deixar as corridas bem melhores, mais disputadas. A intenção é que esse attack mode dure 2 minutos, com cada piloto tendo dois por corrida. Acho que isso vai mudar bem, vai ter um pouquinho de estratégia. Vai ser bem bacana. A potência aumenta na taxa de 20%, então vai dar uma diferença boa. Vai mudar um pouco o estilo de guiar. Vai dar uma dinâmica muito positiva para a corrida”, disse.

Com o fim dos trabalhos em Bedford, Jimenez já está no aguardo da primeira etapa da segunda temporada do eTrophy. “A expectativa é a melhor possível para a gente poder começar na Arábia com tudo, e o objetivo é um só: sair de lá como líder do campeonato”, concluiu o campeão.

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